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sexta-feira, 15 de julho de 2016

“Os Sete Saberes Necessários para uma Educação do Futuro” de Edgar Morin

Apontamentos do livro “Os Sete Saberes Necessários para uma Educação do Futuro” de Edgar Morin

Wladimir Jansen Ferreira

Deve-se buscar uma educação que pense nas futuras gerações.
Necessidade de complexificar o conhecimento, tendo várias perspectivas, complexo como “aquilo que está sendo tecido junto”.
Critica da organização em disciplinas com seu olhar simplificado e compartimentalizado, não múltiplo e reducionista.
O educador deve ter um olhar amplo, com uma missão de transmitir conhecimentos com reflexão, enfrentando incertezas, instrumentalizado por novos métodos e saberes.

1) Evitar as Cegueiras do Conhecimento:
Os erros, ilusões e cegueiras são frutos dos medos e desejos, mas impendem a compreensão da realidade, virando uma aujustificativa dos erros cometidos.
Para avançar, a educação do futuro deve ter consciência da possibilidade do erro, estando aberto, ser auto-reflexivo, buscar a lucidez, enfrentar as cegueiras e incertezas do conhecimentos.
Todos são passíveis ao erro (conhecimento, pessoas e a ciência) e por isso a ciência não pode tratar sozinha dos problemas epistemológicos/filosóficos/éticos.
Inteligência e afetividade são inseparáveis, devendo agir racionalmente com emoção.
Racionalização: império absoluto da razão porque constitui um sistema lógico aparentemente "perfeito", mas é falso, pois se nega a contestação/argumentação/verificação empírica.
Racionalismo: conhece os limites da lógica, do determinismo e do mecanicismo.

2) Princípios do Conhecimento Pertinente:
Não reproduzir conhecimentos com saberes fragmentados, repensar as disciplinas e não ter uma lógica excludente e binária.
As divisões estanques atrapalham e enganam, gerando um mal-estar coletivo e não permitindo a produção de um conhecimento pertinente (planetário e complexo).
Deve-se pensar em simbioses com trocas continuas, fortalecendo a criatividade, estimulando o uso da inteligência total, vinculando as partes com o todo, buscando métodos que contemplem a rica diversidade humana.
Nesta era planetária deve-se buscar o multidisciplinar, transversalidade, multidimensionalidade, transnacionalidade, global e planetário.

3) Ensinar a Condição Humana:
Reconhecer a humanidade com suas forças e limitações.
Valorizar diversidade cultural, pois o que “nos une é a espécie” e o que “nos separa é a cultura”.
Pensar cosmologicamente, com integração dos seres humanos com o planeta Terra e o Universo.
Pensarmos ao mesmo tempo em indivíduo/espécie/sociedade, em razão/afeto/pulsão e em cérebro/mente/cultura, onde unidade e diversidade humana devem ser conservadas e valorizadas.
Educação deve estudar a complexidade humana (cultural, histórica, biológica, etc).

4) Ensinar a Identidade Terrena:
Formação do ser humana integrado com a formação do planeta Terra, dos seres vivos e com a do Universo.
Defesa de uma globalização que introduza uma visão mundial mais poderosa, que seja integradora e desenvolva as faculdades afetivas e morais em escala terrena.
Ter sentimento de cuidado e pertencimento com o planeta Terra, pois é a “Terra-comum” e “pátria-mãe”. Valorização da sustentabilidade para as futuras gerações.
Educação deve valorizar o destino planetário do gênero humano e reconhecer a identidade terrena que é imprescindível para viver nesta nova era social.

5) Enfrentar a Incertezas:
Incertezas surgiram com algumas ciências físicas (termodinâmica, microfísica e cosmologia)
O caminho é feito de certezas e incertezas/desordens/acasos/involuções/caos. É preciso navegar no “oceano das incertezas” em meio de “arquipélagos de certezas”, saindo da zona de conforto ao buscar estas incertezas. Isto não significa cair em determinismos.
A educação deve buscar as incertezas, se preparando para o imprevisto e o inesperado, pensando no outro e criando estratégias para a mudança.

6) Evitar a Compreensão:
Risco da compreensão cair em simplificação e fugindo da totalidade.
Diferencia incompreensão entre mal-entendido e não-entendido.
Necessidade de se ir para a “raiz das causas da incompreensão”, com o estudo de suas modalidades e seus efeitos. Este saber é uma das bases mais seguras da educação para a paz, à qual estamos ligados por essência e vocação.

7) Ética do Ser Humano (antropoética):
Compreender dialogicamente/simultaneamente/complementariamente indivíduo/sociedade/espécie.
O repensar do pensamento é o pensar a democracia em sua plenitude, aonde indivíduo e sociedade se organizam conscientemente.
Desenvolver uma ética complexa do gênero humano, que garanta a diversidade de desejos humanos.

Por uma educação que desenvolva noções de comunidade planetária e de cidadania terrestre.

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MAPA CONCEITUAL do LIVRO:

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