Total de visualizações de página

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Farsa do "Aquecimento Global Antrópico/Antropogênico" - ARTIGO

repasso artigo que fiz com alguns links:


A Farsa do "Aquecimento Global Antrópico/Antropogênico"

Existem muitos mitos que devem ser derrubados, sendo que o “aquecimento global” tem virado um bode expiatório para tudo de ruim que existe no planeta Terra. É importante dizer que o “aquecimento global” é um fenômeno natural que sempre existiu e sempre existirá no planeta Terra, sendo inevitável e imprescindível para a existência de vida no Planeta Terra, até porque os raios solares entram na Atmosfera e reagem com os gases, a superfície terrestre e outros fatores (como pressão atmosférica, etc).
Creio que o “aquecimento global” não deva ser criticado, mas as interferências humanas no planeta que poderia afetar o clima global. Há uma polêmica quanto à veracidade da participação humana nos fenômenos climáticos globais ou locais, onde esboçarei algumas conclusões.
Neste sentido, o Planeta Terra possui cerca de 3/4 de água, ou seja, 71% de água e 29% de terras emersas. Destas terras emersas a maior parte está no Hemisfério Norte (com cerca de 40% de terras emersas e 60% de água), sendo que no Hemisfério Sul existe cerca 19% de terras emersas e 81% de água. Destes 29% de terras emersas no Planeta Terra, cerca de 15% é deserto e terra gelada, 7% de florestas boreais e tropicais e somente 7% é modificada pelo homem, sendo uma participação muito pequena.
Segundo o meteorologista Luiz Carlos Molion, não existe uma temperatura única em todo o Planeta Terra, mas diferentes temperaturas em determinados locais. A interferência humana no clima não cria um “aquecimento global”, mas um “aquecimento local”, ou seja, conseqüências locais desta interferência antrópica. O clima também tem comportamento diferenciado (a chamada “variabilidade climática global”), diferenciando-se localmente e sofrendo interferências de vários agentes.
As mudanças globais de temperatura devem ser explicadas por vários fatores, principalmente pela existência de “Ciclos Solares”. Segundo Molion, cerca de 98,9% da energia presente no planeta Terra vem do Sol. Podemos afirmar que o grande regulador do clima planetário é o Sol. O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” diz que o surgimento de “manchas solares” (similar a explosões no Sol) significa aumento de temperaturas e a menor quantidade de “nuvens cósmicas” (partículas subatômicas provenientes de explosões de super-novas no universo que entram em contato com o vapor d’água dos oceanos, criando gotículas de água e as nuvens que resfriam a temperatura). Com o Sol mais ativo (com mais “manchas solares” e temperaturas mais altas), temos uma maior quantidade de “ventos solares” que dispersam estas partículas subatômicas, impossibilitando o surgimento destas “nuvens cósmicas” e aumentando a temperatura do Planeta Terra. Em 1893, o astrólogo britânico Edward Maunder percebeu que o período de “pequena era do gelo” (entre 1500 à 1900) não tivemos “manchas solares”. As “manchas Solares” e explosões solares podem ser vistas nas duas fotos a seguir:
 
Imagem 1


Imagem 2

Neste sentido é importante destacar o “Ciclo de Manchas Solares”, que duraria cerca de 11 anos e que aumenta/decresce a temperatura do Planeta Terra (com um máximo em 4 anos e decaindo em 7 anos), além do “Ciclo Solar de Gleisberg” que duraria 90 anos (com picos em 90 anos e teremos uma nova daqui a 22 anos, fazendo com que a temperatura decresça).
Segundo Luis Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, estaríamos em um período de “resfriamento global”, tendo daqui a 20 anos uma diminuição da temperatura global. O planeta Terra passa por ciclos de aumento e resfriamento global, sendo que em um futuro próximo estaríamos passando por um novo ciclo glacial. No último milhão de ano a Terra passou por 9 Glaciações (que duram aproximadamente 100 mil anos) e esta é interrompida por períodos mais quentes, chamados de Inter-Glaciais (que duram de 10 a 12 mil anos). Estamos em um Inter-Glacial (o ultimo que tivemos foi em 130-240 mil anos atrás, com temperaturas muito altas). Percebemos também que 90% da história do Planeta Terra ele está mais frio do que mais quente. Tivemos um aumento de temperatura no planeta há cerca de 1000 anos atrás, ainda no período da Idade Média, onde a temperatura era de 1% à 2% mais alto (fazendo com que os vikings da Noruega navegassem no Ártico e colonizassem o norte do Canadá e o sul da Groenlândia).
No documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” é colocado alguns dados importantes. Entre os anos 1000 à 1500 foi um “período quente medieval” e entre 1500 à 1900 tivemos uma “pequena era do gelo” (ou "pequena era glacial"). Entre 4 mil e 8 mil anos atrás, no “máximo do Holoceno” da “Idade do Bronze”, tivemos outro período bem quente no planeta. As temperaturas só começaram a aumentar um pouco no Planeta Terra nos últimos 100 anos com o fim desta “pequena era do gelo”.
O “Ciclo de Manchas Solares” faz aumentar e abaixar a temperatura global numa escala menor de tempo. Podemos visualizar isso nas 4 imagens a seguir:

Imagem 3: Gráfico mostrando a variação da temperatura global
Imagem 4: Gráfico mostrando a variação da temperatura global

Imagem 5: Gráfico mostrando a Intensidade Solar com o Máximo e o Mínimo Solar


 
Imagem 6: Gráfico mostrando a Intensidade Solar com o Máximo e o Mínimo Solar

Entre 1925 à 1946 houve um aumento de 0,4°C na temperatura global, mas isso não foi ocasionado por ação antrópica, mas por este “Ciclo de Manchas Solares” aumentou a intensidade de raios solares. O que realmente contribuiu no aumento da temperatura neste período (entre 1925 à 1946), foi não haver nenhuma erupção vulcânica significativa no Planeta Terra, o que fez com que a “atmosfera terrestre ficasse transparente”, aumentando radiação solar (aumento da “transmissividade”). O aumento da temperatura neste período foi devido ao aumento da atividade solar e a redução do albedo planetário (relação com o vulcão) e não pela intensificação do “efeito estufa”. No final da Segunda Guerra Mundial, o homem lançava 6% de CO² que lança hoje, mostrando que o CO² não regula a temperatura global. O Ártico aumentou a temperatura de 4°C e não aumentou o nível dos mares (até porque o Ártico é “gelo congelado por cima da água” e se derretesse o nível dos oceanos não subiria).
Segundo este “Ciclo de Manchas Solares”, tivemos um “resfriamento global” entre 1947 à 1976, mesmo com a intensidade produtiva industrial e o CO² aumentando.
Segundo este “Ciclo de Manchas Solares”, tivemos um aumento da temperatura do planeta entre 1977 à 1998, sendo que este não foi em todo o mundo, mas localmente. Importante questionar como os dados meteorológicos são aferidos, pois a Urbanização (com suas “Ilhas de Calor”) das cidades interfere o resultado, mas isto deve ser compreendido como fenômeno local e não global. Segundo Molion, a Urbanização (com suas “Ilhas de Calor”) não influencia muito na temperatura global (somente em cerca de 0,006%), mas influencia nos dados climatológicos locais, sendo que temos 4-5% de maior temperatura nas Cidades do que no campo.
É errado dizer que o CO² controla o clima global, pois ele é necessário para que haja o “efeito estufa natural” do planeta, ajuda na fotossíntese das plantas, contribuindo na produtividade das plantas e na agricultura. Portanto, o CO² é o “gás da vida”, sendo que o aumento de CO² na atmosfera é ocasionado pelo aumento da temperatura do globo terrestre, que faz com que o CO² saia das águas dos oceanos. A imagem a seguir mostra a correlação entre a variação de temperatura e a quantidade de CO² no planeta Terra:
Imagem 7: Gráfico comparando a variação de Temperatura e CO2

Verificamos que entre 1946 e 1975 a temperatura caiu e o nível de CO² também caiu. O CO² não é causa do aquecimento, mas o aumento de sua concentração é resultado do aquecimento do planeta.
Na realidade, quem controla a temperatura global e não é o CO², mas os Oceanos, os Vulcões e principalmente a Energia Solar. Os Oceanos jogariam água para os continentes, sendo que “a floresta Amazônica está lá porque chove e não chove porque tem floresta”. A ação vulcânica joga muita quantidade de gases, aumentando a refletividade e diminuindo a temperatura global.
Segundo Molion, o IPCC da ONU diz que em 2005 aumentou a quantidade de CO² em 379 PPMV, ultrapassando o limite natural de 180-300 PPMV dos últimos 650 mil anos. Entretanto, esta quantidade de CO² passou de 400 PPMV em vários momentos da história mundial, principalmente nos períodos de aumento de temperatura global (como entre 1925-46).
O fato é que o CO² não é o principal regulador da temperatura global, ele só aumenta depois que a temperatura aumenta. A participação humana nas Emissões de Carbono é muito pequena, sendo que 200 bilhões de toneladas por ano o são por motivos naturais (oceano, biota e solos) e 6 bilhões de toneladas por ano o são por motivos antropogênicos. Molion diz que a contribuição antrópica para o efeito-estufa é de 0,12%. O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” diz que a participação do CO² na atmosfera é muito pequeno, sendo que o principal gás do efeito estufa é o vapor d’água (cerca de 95%). A emissão de CO² por vias naturais (oceanos, vulcão, plantas, bactérias e animais) é de 150 gigatoneladas/ano e por ação antropogênica é de 6,5 gigatoneladas/ano. Se os oceanos esquentam emitem mais CO² e se eles esfriam acumulam mais CO². Percebe-se que o “Protocolo de Kyoto” quer reduzir 5,2% de Carbono por ano (isso significa 0,3 bilhões de carbono, sendo pouquíssimo).
Há uma polêmica sobre a existência da “Camada de Ozônio”, sobre a função filtradora de raios UV e até sobre a suposta destruição desta Camada pela ação humana. Segundo Ricardo Augusto Felício, o buraco da Camada de Ozônio não existe (esta camada que filtraria os raios UV). Quem criou esta teoria (Thompson) não acredita mais, sendo que foi criada por interesses de empresas e governos. As contradições começam por haver uma descontinuidade nesta suposta Camada, que praticamente não existiria na Antártida.
 Apesar de uma polêmica quanto às datas, o fato é que uma empresa americana chamada Dupont eram quem detinha as patentes do C-F-C até o final da década de 1980 e depois esta patente foi quebrada, diminuindo o preço do C-F-C para U$1,38/Quilo). Neste momento, os cientistas, a ONU, os governos e empresas capitalistas criaram o “mito do C-F-C que quebraria a Camada de Ozônio”. Em seguida, cientistas da empresa americana Dupont criaram o H-C-F-C (que custará U$38,00/Quilo) agora com uma nova patente controlado por eles. Este segundo gás não daria para colocar nas geladeira/ar condicionados antigos, o que fez com que parques industriais mudassem, além da renovação de bens de consumo (mudando todos os aparelhos), etc. As Patentes duram 25 anos e os cientistas/ambientalistas estão dizendo que o H-C-F-C é ruim para o planeta e estaria surgindo um novo gás que agora custaria U$128,00/Quilo.
O IPCC diz que a temperatura global aumentará de 2 a 4,5% e que em 2100 o nível do mar subirá cerca de 60 cm. Além de muitos dados estão errados, isto são projeções e não previsões científicas, desconsiderando muitos fatores de determinação (e não determinismo) climática. Estes dados, por exemplo, não tratam do ciclo hidrológico (como na propriedade e estrutura das nuvens), não falam da importância dos oceanos (que são 71% do planeta Terra).
Segundo Molion, o principal gás do “efeito estufa” é o vapor d’água, que praticamente inexiste na alta atmosfera, onde destaca a importância de nuvens como o Cumulo Nimbus que auxiliaria no efeito estufa. Ainda segundo Molion, dobrando o CO² na atmosfera terrestre, teríamos um aumento de somente 0,12% da temperatura global. O CO² não estaria distribuído igualitariamente no planeta, mas concentrado localmente. Aumento de CO² faz com que produtividade das plantas aumenta (aumento do tamanho de plantas) e que se chova mais.
Molion ainda destaca que o aumento e diminuição de temperatura no Oceano Pacífico estaria relacionado ao aumento da temperatura global (relação com ciclos solares), onde ele estaria mais quente entre 1925-46 e 1977-98 e mais frio entre 1947-76 (diminuindo a temperatura de 1999 para cá). Portanto, temos mais La Niñas no período frio do Pacífico/Planeta Terra e mais El Niños no período quente do Pacífico/Planeta Terra. Atualmente o Pacífico está mais frio (com diminuição da temperatura no Planeta Terra) e temos o fenômeno La Niña, com mais chuva na Amazônia (principalmente na área oeste e central, com pequena redução na área Sudeste da Amazônia e na área Oeste do Maranhão) e menos chuva no sul-sudeste brasileiro.
Os fenômenos naturais (seca, furacões) não têm relação direta com a ação humana, sendo mais significativos pelo aumento da concentração populacional, ou seja, quando a população aumenta, ela fica mais vulnerável para a mesma intensidade do fenômeno natural. . O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” diz que o IPCC da ONU faz um “alarme histérico” ao afirmar “que o mosquito da malária não sobrevive em ambientes com temperaturas entre 16-18ºC”. isto está cientificamente comprovado que está errado e conclui-se que as “doenças tropicais não aumentarão com o suposto aquecimento global antropogênico”.
Erroneamente os ambientalistas dizem que o nível do mar está subindo por causa do “aquecimento global, mas, segundo Luis Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, isto tem ocorrido por causa de um Ciclo Lunar de 18,6 anos. A Lua no máximo deste ciclo puxa gravitacionalmente o nível do mar por mais de 12 cm, retornando posteriormente aos níveis anteriores. Este movimento tem seu ápice no final de um ciclo de 18 anos, tendo depois um declínio. O final do último ciclo ocorreu em 2007, tendo agora um declínio. O "Ciclo Lunar" também faz com que as correntes marítimas mais quentes venham para os pólos, ajudando a derreter algumas destas geleiras, mas isto não significa aumento no nível do mar (pois é "gelo em cima da água") e depois de um tempo as geleiras congelarão de novo.
Para subir o nível do mar no Planeta Terra, a Antártida deveria derreter (pois é um continente com gelo, diferentemente do Ártico que é um oceano congelado), mas isso somente irá acontecer com o aumento da temperatura de 20 a 30 graus Celsius. Podemos afirmar que os gelos do Ártico e do Antártico derretem assim como as folhas das árvores caem no outono. Assim como as folhas das árvores nascem novamente na primavera, a água se congelará posteriormente. Infelizmente o derretimento pontual destas geleiras tem sido utilizado politicamente pelos ambientalistas.
Contribuem no aumento do nível dos mares as movimentações tectônicas e o fenômeno natural de “agradação e degradação”, que faz com que as praias estejam expandindo/diminuindo. A ação erosiva realizada pelas sociedades nas áreas litorâneas também contribuem no aumento desta degradação.
Muitos mitos devem ser derrubados e muita coisa tem de ser esclarecida.
Há muitos interesses escusos neste debate sobre o “aquecimento global antrópico”. Já está sendo comprovado que muitos dos dados do IPCC foram forjados e não existindo coerência científica. Temos em sua grande maioria projeções e não previsões, tirados com modelos rudes e rudimentares. É fato também que muitas empresas e países desenvolvidos estão se aproveitando deste debate, criando “Mercados da fumaça” (como os criados com o Protocolo de Kyoto) e tentando barras o desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos e emergentes/em desenvolvimento. Este discurso de “aquecimento global antrópico” interessa a países desenvolvidos que não querem que outros países (tais como Brasil e China) se desenvolvam.
O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” diz que o sueco Bert Bolin, na década de 1970, cria a teoria/hipótese de “aumento de temperatura do planeta Terra com o aumento de emissão de CO²”. A “Crise do Petróleo” do início da década de 1970 faz com que os governos capitalistas se preocupem com a questão energética e os recursos naturais. A ex-primeira dama do Reino Unido Margareth Thatcher incentiva a reprodução da retórica do discurso de Bert Bolin de “aquecimento global antropogênico pelo aumento de emissão de CO²” e ajuda a criar o IPCC (Painel Intergovernamental para a mudança Climática). A redução das emissões de CO² significa uma desaceleração do crescimento econômico de países oponentes (de EUA à países subdesenvolvidos economicamente). Não dá para se ter uma “África industrializada” com energia eólica ou solar, pois são fontes de energia de baixa intensidade. Os países desenvolvidos criam este mito das “energias limpas”, mas somente nos países subdesenvolvidos, para conter o crescimento econômico destes países.
Os movimentos ambientalistas, tais como os do Greenpeace, se aproveitaram desta retórica do “aquecimento global antropogênico”, sendo que estes ganharam importância no final da década de 1980 com a “Queda do Muro de Berlin” e a derrocada do “socialismo” na Guerra Fria. Os antigos militantes de esquerda se converteram ao “ambientalismo” como postura “anti-capitalista”.
Os ideais ambientalistas começam a ser formatados na Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (em 1978) e surge para se “opor” às idéias do “Clube de Roma” (formado em 1968, dizendo que a terra tinha recursos naturais limitados e defendia como solução o controle de natalidade e do crescimento econômico dos países pobres). As idéias do Clube de Roma serão publicadas no relatório “Os limites do crescimento” (de 1971) e que será a base da Conferência de Estocolmo (organizado pela ONU em 1972). A ideologia do relatório “Os limites do crescimento” pode ser observado na passagem de MEADOWS (1973, p.19.):
Se as atuais tendências de crescimento da população mundial — industrialização, poluição, produção de alimentos e diminuição de recursos naturais — continuarem imutáveis, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados algum dia dentro dos próximos cem anos. O resultado mais provável será um declínio súbito e incontrolável, tanto da população quanto da capacidade industrial.
É possível modificar essas tendências de crescimento e formar uma condição de estabilidade ecológica e econômica que se possa manter até um futuro remoto. O estado de equilíbrio global poderá ser planejado de tal modo que as necessidades materiais básicas de cada pessoa na Terra sejam satisfeitas, e que cada pessoa tenha igual oportunidade de realizar seu potencial humano individual.
Se a população do mundo decidir empenhar-se em obter esse segundo resultado, em vez de lutar pelo primeiro, quanto mais cedo ela começar a trabalhar para alcançá-lo, maiores serão suas possibilidades de êxito.
Estas idéias elitistas e preconceituosas foram amenizadas no relatório “Nosso Futuro Comum” (publicado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987) ao dizer que não são os países pobres os maiores responsáveis pela devastação do planeta, mas os países mais ricos, que consomem mais recursos e geram mais poluição. O relatório “Nosso Futuro Comum” foi assinado pelos representantes dos países no Eco-92, já com nome de Agenda 21. A idéia de Desenvolvimento Sustentável foi consagrada no ECO-92, sendo entendida como meta a ser atingida pelos países e está presente até os nossos dias. O significado de Desenvolvimento Sustentável é explicado no relatório “Nosso futuro comum”, que pode ser visualizado em COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (1991, p.46):
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.
Ele contém dois conceitos-chave:
O conceito de “necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade.
A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.
Portanto, ao se definirem os objetivos do desenvolvimento econômico e social, é preciso levar em conta sua sustentabilidade em todos os países — desenvolvidos ou em desenvolvimento — com economia de mercado ou de planejamento central. Haverá muitas interpretações, mas todas elas terão características comuns e devem derivar de um consenso quanto ao conceito básico de desenvolvimento sustentável e quanto a uma série de estratégias necessárias para sua consecução.
(...) A humanidade é capaz de tornar o desenvolvimento sustentável — de garantir que ele atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem também às suas. O conceito de desenvolvimento sustentável tem, é claro, limites — não limites absolutos, mas limitações impostas pelo estágio atual da tecnologia e da organização social, no tocante aos recursos ambientais, e pela capacidade da biosfera de absorver os efeitos da atividade humana. Mas tanto a tecnologia quanto a organização social podem ser geridas e aprimoradas a fim de proporcionar uma nova era de crescimento econômico. Para a Comissão, a pobreza generalizada já não é inevitável. A pobreza não é apenas um mal em si mesma, mas, para haver um desenvolvimento sustentável, é preciso atender às necessidades básicas de todos e dar a todos a oportunidade de realizar suas aspirações de uma vida melhor. Um mundo onde a pobreza é endêmica estará sempre sujeito a catástrofes, ecológicas ou de outra natureza.
Os ideais do ambientalismo se utilizam o tempo todo de ideais do neomalthusianismo, pois se preocupam com a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) ao dizer que se deve conter o crescimento econômico e populacional dos países (principalmente os subdesenvolvidos e os emergentes/em desenvolvimento) e se racionalizar a produção. Isto está expresso nos preceitos discutidos no Clube de Roma (cujas idéias estão reunidas no relatório “Os Limites do Crescimento”), na Conferência de Estocolmo de 1972 e na Conferencia de Copenhague em 2009 (que é extremamente conservadora e retoma ideais presentes em “Os Limites do Crescimento” e da Conferência de Estocolmo).
Os Ecos-capitalistas também perceberam que a “sustentabilidade” é um rentável nicho de mercado. Concordo com RODRIGUES (2005, p.100), quando ela diz:
(...) a aceitação do desenvolvimento sustentável implica impor regras de controle, usar novas tecnologias, obter certificados de uso racional de recursos (ISOS), de controle de resíduos e, sobretudo, permitir a continuidade de reprodução ampliada do capital, conferindo-lhes legitimidade para a concorrência com outras empresas “que não contribuem para a preservação do meio ambiente”, não tem o certificado ambiental.
As maiorias dos movimentos ambientalistas estão equivocadas em sua crítica, mas muitos deles possuem vínculos estreitos com o modo de produção capitalista, como podemos ver em BLUWOL (2009, p.59-60):
É fácil observar que grande parte dos movimentos ambientalistas não é contra o modo capitalista de produção, e muitos são até parceiros, tendo apoio da chamada iniciativa privada, ou seja, as empresas capitalistas. Isso se dá, pois a principal luta deles é a conservação dos recursos naturais que servem de matéria-prima para estas indústrias. Natureza, para estes movimentos e indústrias, é apenas uma fornecedora de matéria-prima e, portanto, deve-se conservá-la minimamente. (...) Esses movimentos podem ser chamados de “Capitalismo verde”, e são, infelizmente, a esmagadora maioria dos movimentos ditos “ambientalistas” ou “ecológicos”, ao menos dos que possuem acesso ao grande público, principalmente no que diz respeito à veiculação de suas idéias nas grandes mídias, com o apoio financeiro da iniciativa privada ou do próprio governo estatal que, logicamente, também possui seus interesses capitalistas na exploração de seu território e de seus habitantes.
Um dos grandes questionamentos a serem colocados é de que o Desenvolvimento Sustentável e uma relação sustentável entre Homem-Natureza só poderá se realizar em uma sociedade que não seja capitalista. Temos de nos perguntar que tipo de sociedade tem de ser construído para se atingir tal objetivo?
A crítica tem de ser mais estrutural do que ideológica. Esta passagem de CARVALHO (1986, p.48) explicita e diferencia a crítica estrutural da crítica ideológico (principalmente daquelas alienadas):
(...) De um lado, uns questionam o próprio modo de produção, responsabilizando-o pelo desastre, acenando com novos parâmetros para os cálculos econômicos (que não sejam os do consumismo e acumulação), cobrando dos homens uma nova concepção no trato com a natureza, isto é, um novo arranjo econômico. De outro lado, vêm aqueles que propõem verdadeiras "comunhões" classistas para despertar o "inconsciente ecológico" que dormia no "bicho-homem" e, assim, todo mundo ganha o seu quinhão de responsabilidade num processo secular de destruição de um patrimônio que, para muitos, apenas significa sobrevivência e, para uns poucos, supervivência.
Criar um novo conceito de natureza significa criar uma nova sociedade, pois ao se mudar sociedades, os pensamentos e os conceitos terão de ser modificados.
Os modismos do movimento ambientalista, como o de “Desenvolvimento Sustentável”, Agenda 21 e “aquecimento global antropogênico” existem para despolitizar o debate, estando elas ligadas à agenda política do Banco Mundial. Na Agenda 21 temos a idéia de que a “preservação e a conservação” dos recursos naturais poderão provocar a “inclusão” social. Isto é uma falácia, pois uma “inclusão de fato” somente ocorrerá com a extirpação do modo de produção capitalista.
Somente com o fim da sociedade capitalista poderemos construir um conceito de natureza e homem realmente sustentáveis. Um conceito que mais se coaduna com um tipo de mundo que queremos construir ou preservar.
Devemos minimizar a participação do ser humano no Planeta Terra, mas não deixando de criticar sua ganância destrutiva. Creio que preservar e conservar são necessários e que o maior inimigo é a miséria humana, fruto de uma sociedade capitalista. Portanto, a conservação ambiental é necessária, além de se mudar padrões de consumo, aumentar conservação de florestas/água, mas, muito bem lembrado por cientista como Luiz Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, isto não é pressuposto para a dinâmica do aquecimento-resfriamento global.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BLUWOL, Dennis Zagha. Críticas ao conceito de natureza, ao ambientalismo e ao veganismo em tempos de capitalismo. São Paulo: Editora Ética & Picarética, 2009.
CARVALHO, Marcos B. de. A natureza na Geografia do ensino médio. In: Terra Livre, Nº 1, AGB: EJB Editoras, 1986.
_____________________. Geografia e Complexidade. In: Scripta Nova - Nº 34, Edição virtual: http://www.ub.edu/geocrit/sn-34.htm, Universidad de Barcelona, 1999. 
_____________________. O que é natureza? São Paulo: Brasiliense, 2003.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.
CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA. Panorama da biodiversidade global. Tradução Eliana Jorge Leite. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2010.
ENGELS, Friedrich. Dialética da Natureza. Lisboa: Editorial Presença, 1978.
FERREIRA, Wladimir Jansen. Uma Leitura Geográfica da Formação da Cidade de São Paulo na Obra de Adoniran Barbosa. Trabalho de Conclusão de Curso de Geografia na PUC-SP. São Paulo: PUC-SP, 2005.
_________________________. Uma Análise Crítica do Conceito de Natureza no Currículo de Geografia do Estado de São Paulo. Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Ensino de Geografia na PUC-SP. São Paulo: PUC-SP, 2011.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (Des)caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Contexto, 2000.
HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
_____________. Espaços de Esperança, São Paulo: Edições Loyola, 2004.
MEADOWS, D. et al. Limites do crescimento. São Paulo: Perspectiva, 1973.
MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Desmistificando o Aquecimento Global. Encontrado em: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/molion_desmist.pdf. Acessado em: 05 de julho de 2012.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases Epistemológicas da Questão Ambiental: o método. In: “Orientação” (nº 8), São Paulo: Departamento de Geografia da USP, 1990.
MOREIRA, Ruy. O círculo e a espiral – para a critica da geografia que se ensina. Niterói: Edições AGB-Niterói, 2004
______________. Para onde vai o pensamento geográfico? – por uma epistemologia crítica. São Paulo: Contexto, 2006.
PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA (IPCC). Relatório. Genebra: dezembro de 2007. Disponível em: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4_syr.pdf
______________________________________________________________. Relatório do IPCC/ ONU – Mudanças Climáticas. Versão em português: iniciativa da Ecolatina. Encontrado em: http://www.ecolatina.com.br/pdf/relatorio-IPCC-3.pdf. Acessado em: 05 de julho de 2012.
RODRIGUES, Arlete Moysés. Problemática Ambiental = Agenda Política – espaço, território, classes sociais. In: Boletim Paulista de Geografia da AGB-SP n° 83, São Paulo: Xamã Editora, 2005.
SANTOS, Milton. A Questão do Meio Ambiente: Desafios para a Construção de uma Perspectiva Transdisciplinar (com a colaboração de Adriana Bernardes da Silva). In: GeoTextos (vol. 1, nº 1, 2005), Salvador: UFBA, 2005.

Filmes e Vídeos:
- Documentário: "A Grande Farsa do Aquecimento Global" (de Martin Durkin): http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4. Este foi exibido em 8/3/2007 pelo Channel 4 britânico.
- "Aquecimento Global: A FARSA" - Palestra  do Dr Prof. Ricardo Augusto Felicio (realizada em 2011): http://www.youtube.com/watch?v=oJTNJBZxX6E&feature=related
- Debate: “Mudanças Climáticas: Contra as Certezas”, com Luiz Molion, Ricardo Augusto Felicio, Mark Lund, Mario Fontes, Guilherme Polli, Kenitiro Suguio, Geraldo Lino e Marcel Ligabo: http://www.youtube.com/watch?v=fXLwPT3VL0I&feature=related
 - Entrevista do Prof Ricardo Augusto Felicio no "Programa do Jô" (02-05-2012): http://www.youtube.com/watch?v=winWWplmyMk
- Entrevista do Prof Luiz Carlos Molion no programa "Canal Livre" da Rede Bandeirantes em 2010: http://www.youtube.com/watch?v=Pqz4yMzbwF0&feature=related
- Entrevista do Prof Luiz Carlos Molion no programa "Canal Livre" da Rede Bandeirantes em 2012:

Nenhum comentário:

Postar um comentário